Lei da Rádio e a música portuguesa Na passagem h…

Lei da Rádio e a música portuguesa

Na passagem habitual pelos blogues Indústrias Culturais e Jornalismo e Comunicação, deparei-me hoje com postais sobre a questão da música portuguesa na rádio. Ambos reflectem o artigo de opinião publicado hoje no Público, assinado por dois deputados do PSD, Agostinho Branquinho e Pedro Duarte, intitulado «Música portuguesa em sete faixas».
Manuel Pinto, do Jornalismo e Comunicação, liga esta questão a outra, levantada por Álvaro José Ferreira no blogue A Nossa Rádio (que fiquei hoje a conhecer através dos posts deste dois blogueiros), questionando a Antena 1 sobre a existência de uma lista de artistas banidos da playlist de continuidade, a par com uma outra com nomes que raramente tocam…
A ser verdade, a questão é grave. Contudo, com ou sem lista, não é difícil perceber quais os artistas que não tocam e quais os artistas que raramente tocam… O que supõe algum fundo de verdade nesta questão do «Índex», designação já usada e repetida no post de Álvaro José Ferreira. Ainda assim, e mesmo que não exista uma regra formal, talvez existam indicações para quem programa a playlist da Antena 1. O que não torna o caso menos grave. Mesmo assim, talvez esta se trate de uma estratégia temporária, para renovação da estação, conquista e fidelização de novos públicos para que, dada a sua fidelização à estação e seus conteúdos numa lógica de aumento das audiências, se introduzam, lentamente, os artistas, bandas e músicas supostamente banidas da Antena 1.
Reconheço a postura liberal nesta afirmação. Mas também convém reconhecer que a música que está actualmente a tocar na Antena 1 é de escuta fácil, pouco dirigida a mentes mais eruditas ou a grandes conhecedores de música e, portanto, destinada a quem procura uma estação que o acompanhe no seu ritmo diário. Uma estação destinada ao «grande público», virada para as massas que procura crescer em termos de audiência, cumprindo alguns pontos do serviço público, ainda que, no que respeita à selecção musical, possa ser acusada de «esquecer» alguma da mais rica produção nacional que escapa às malhas da pop. A ver vamos se mais alguém repara nisto….

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